Leila Pereira tomou medida extrema e sugeriu que o Botafogo deixe a Libertadores
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, reacendeu um antigo debate ao sugerir uma mudança radical no futebol sul-americano.
Em entrevista concedida antes da semifinal do Paulistão 2025 entre Palmeiras e São Paulo, no Allianz Parque, Leila propôs que os clubes brasileiros considerem a saída da Conmebol e a filiação à Concacaf, entidade que organiza o futebol na América do Norte, Central e Caribe. Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Fogão Fanáticos.
Leila Pereira propõe rompimento com Conmebol e adesão à Concacaf diante de punição branda por racismo
A declaração surgiu após a dirigente demonstrar forte indignação com a punição imposta ao Cerro Porteño pela Conmebol em um caso de racismo ocorrido na Libertadores Sub-20, envolvendo o atacante palmeirense Luighi.
O clube paraguaio foi multado em US$ 50 mil e recebeu uma sanção de portões fechados — punição considerada irrisória por Leila, especialmente diante de penalidades mais pesadas aplicadas por infrações administrativas, como atraso na entrada em campo ou uso de sinalizadores.
“Os clubes brasileiros são responsáveis por 60% da receita da Conmebol, e mesmo assim não recebem o devido respeito. Se não somos valorizados aqui, por que não pensar em mudar de confederação?”, questionou a mandatária. Segundo ela, a mudança poderia trazer benefícios econômicos e institucionais, além de representar uma resposta contundente à negligência com episódios de racismo.
Leila afirmou ainda que levará a proposta para discussão com outros dirigentes na próxima reunião da CBF, marcada para quarta-feira (12). A ideia seria plantar uma “semente de reflexão” sobre os caminhos possíveis para o futebol brasileiro caso a Conmebol continue tratando os clubes do país com descaso.
Além disso, clubes membros da Libra e da LFU, liderados pelo Palmeiras, assinaram uma carta encaminhada à Fifa pedindo a intervenção direta nos casos de racismo e cobrando sanções mais severas por parte da entidade sul-americana. Para Leila, apenas com punições exemplares será possível combater com eficácia esse tipo de crime dentro do esporte.