Prestes a desembarcar no Brasil para vestir a camisa do Botafogo, o volante Wendel, de 27 anos, foi alvo de racismo em campo no último sábado (8), durante a vitória do Zenit por 2 a 0 sobre o Fakel Voronezh, pelo Campeonato Russo.
O episódio ocorreu aos 29 minutos da segunda etapa, quando o jogador foi expulso após reação a insultos racistas vindos da torcida adversária. Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Fogão Fanáticos.
Wendel sofre injúria racial na Rússia antes de reforçar o Botafogo: “Mais um triste capítulo”
O caso gerou forte repercussão internacional e provocou um posicionamento oficial do Zenit, clube que detém seus direitos até o fim da temporada europeia. Por meio das redes sociais, a equipe de São Petersburgo condenou o ocorrido, reafirmando seu compromisso contra o preconceito e em defesa da diversidade.
“Somos uma equipe multicultural, formada por atletas de diferentes nacionalidades, culturas e línguas. Não vamos tolerar nenhum tipo de discriminação racial. Estamos com Wendel, assim como com todos os que enfrentam o preconceito diariamente”, diz trecho da nota divulgada pelo clube russo.
Lays Lima, esposa do jogador, também se pronunciou em seu perfil pessoal, demonstrando indignação com mais um caso de racismo sofrido pelo marido. “É inadmissível! Infelizmente, nossos últimos seis meses na Rússia foram marcados por esse tipo de situação”, escreveu.
Apesar do episódio, Wendel segue com a programação definida para se juntar ao Botafogo, que adquiriu o atleta por 20 milhões de euros (cerca de R$ 123 milhões). O contrato com o Glorioso será de três temporadas, com previsão de apresentação logo após o encerramento do Campeonato Russo. A expectativa é que o meio-campista esteja à disposição para o Mundial de Clubes, em junho. O Botafogo vê em Wendel uma peça-chave para fortalecer o elenco nas competições internacionais.
